domingo, 27 de julho de 2008

Falando sobre a vida

Tudo em sua vida têm 50% de chance de dar certo e os mesmos 50% de dar errado, mas cabe a você definir esse percentual, logo, você pode torturar sua vida sempre esperando o melhor, o pior ou, simplesmente, viver.
Às vezes chego a conclusão de que o que complica tudo são as expectativas, você fica tão concentrado no resultado que nem percebe a busca, não percebe a beleza das mudanças, não percebe a estrada, as pessoas, enfim, o que te levou até lá.
Imagine que sem graça uma viagem onde você está tão preocupado em chegar que nem se deu conta da paisagem dos lugares pelos quais passou?
Então que tal observar a bela viagem que é sua vida?
Abrir os olhos e ver todas as cores, luzes, sombras; sentir o toque de um par, perfeito para aquele momento, um abraço gostoso das pessoas queridas; sentir o gosto doce de uma maça, amargo do limão, picante da pimenta; escutar o som gostoso de uma boa música, delicado de um sussuro; ou o cheirinho do mato depois de uma chuva, um bom perfume, uma comidinha caseira.
Que tal prestar atenção numa única frase que alguém lhe diz e que pode mudar alguns conceitos, ver como mudar faz parte da vida, mudar a casa, a cor do cabelo, mudar de idéia.
Os acontecimentos não são só bons ou só ruins, mas uma coisa é certa, você pode tirar proveito deles sempre.

domingo, 20 de julho de 2008

"Quando um certo alguém cruzou o seu caminho..."

Depois de passar um longo período da minha vida vivendo em funcão de um provável futuro, mudar não foi uma decisão fácil, foi uma decisão necessária, viver o presente era preciso, esse presente me chamava, mas apesar de tentar ignorar seu grito, eu o ouvia.
Vamos mudar, mas..., mudar o quê? Vivendo o provável, eu não sabia mais como era receber o presente e acabei indo parar no passado. Quando você não entende o que aconteceu, o que te levou até aquele lugar, olhar para trás lhe parece inevitável, mesmo quando você sabe que esta não é a melhor forma.
Daí você começa as mudanças, mas por que será que a gente sempre começa as mudanças por fora? Mudei o mundo ao redor, mudei o corpo, o cabelo, mas e dentro, onde realmente é importante? E aí vai outra pergunta, por que alguém sempre enxerga sua alma antes de você?
Um amigo teve a sensibilidade de fazer isso e o mais importante, dividiu isso comigo. Olhou para mim, de um modo que eu jamais saberei explicar, mas me disse o que eu precisava ouvir: o passado já foi, o futuro não é previsível, mas o presente, esse você pode receber se quiser: "não desista de você".
E foi o que fiz, recebi meu presente de todas as formas, recebi dele e, principalmente, de mim.
Essa frase eu vi em um filme: "Algumas vezes as pessoas que conhecemos nos mudam para sempre".
Eu não sei se ele percebeu tudo o que fez por mim, se minha amizade é tão importante pra ele, quanto a dele foi e é para mim, mas gostaria que sentisse em sua alma.
Existem muitas formas de amor, uma delas é a que eu dedico à você, Lindo.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Sobre o texto abaixo.

Não sei se porque sou mulher, mas alguém aí já viu um MANUAL DO HOMEM RESOLVIDO?
E aí vem uma dúvida, por que alguém cria um texto desses?
Parto do princípio que "uma mulher resolvida", ou melhor, qualquer pessoa "resolvida", sabe o que quer, sabe seus limites, sabe o que pode suportar e o que quer suportar, enfim, se conhece, portanto, um manual como esses não serve absolutamente para nada.
Penso que uma pessoa "resolvida" faz o que quer, independente de qualquer convenção, porque sabe o que busca com suas atitudes.
Bom, sinceramente, acho que não entendi o que esse tal MANUAL DA MULHER RESOLVIDA quer dizer.

Você já deve ter lido isso em algum lugar.

MANUAL DA MULHER RESOLVIDA

1) Se ele se interessou, ele liga!!!! É isso mesmo, quando o cara quer, não existe falta de tempo, não tem projeto importante, morte da tia ou trânsito maluco que o impeça de te convidar para sair.
2) Passou uma semana sem ouvir notícias dele? Esquece, parte para outra! Ligar para saber se está tudo bem, nem pensar! Homem que está perdido merece ser encontrado morto no apartamento, e pelo zelador do prédio, porque os vizinhos não agüentam mais o fedor de carniça.
3) Vocês saíram e ele não ligou mais. Foi porque você deu? Ou foi porque você não deu? Na verdade, pouco importa. Se o que ele estava a fim era de sexo, e rolou, ótimo! Sexo é que nem pizza: bom até quando é ruim. Mas se você não deu, ele provavelmente não te procurou mais porque achou que ia dar muito trabalho. Ou seja, pare de se atormentar porque transou ou não!!! Duas lições: dar uma de difícil depois de uma certa idade já era!!! Ridículo fazer tipinho!!! E além do mais você vai se arrepender de ter dado e de não ter dado....
4) HOMENS COMPROMETIDOS - diga não!!! A relação dele está em crise, péssima, só falta oficializar o fim??? Ótimo! Se ele quiser continuar infeliz, dane-se! Senão, ele termina de uma vez e depois te procura, combinado?
5) Ouviu aquela frase clássica: "Você é boa demais para mim..." Acredite, amiga! É mesmo!!! Descarte o cidadão e pare de bancar a Madre Tereza de Calcutá!
6) NÃO TENTE... Não dá pra namorar um cara pelo qual você não tem um mínimo de admiração.
7) TRAIÇÃO Não continue com um cara que te chifrou se você não agüentar a onda de ser traída de novo. E olho vivo se ele já foi infiel com outras. A gente sempre acha que com a gente vai ser diferente. Esqueça!!! Nunca é!!!! E atenção! A "FILA ANDA"!!! Lembrem-se - "Pior do que nunca achar o homem certo, é viver para sempre com o homem errado"

A PARTIR DE HOJE NOSSO LEMA: "O HOMEM QUE NÃO DÁ ASSISTÊNCIA, PERDE A PREFERÊNCIA E ABRE CONCORRÊNCIA."

terça-feira, 1 de julho de 2008

Miss Imperfeita

Texto de Martha Medeiros publicado na Revista do "O Globo"

"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos ao colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás. Existe a Coca zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho. Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? Destina-se há ter o tempo a favor, e não contra. A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê, para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela. Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.

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