sexta-feira, 22 de maio de 2009

Uma paixão provável.

Ele está sentado, ela chega, ele levanta, cumprimenta-a com um beijo no rosto e um abraço apertado.
Ela logo pôde sentir seu perfume, um primeiro sentido é desperto.
A natureza caprichou no desenho: alto, ombros largos, lábios carnudos, mas o mocinho também se esforça; seus braços fortes, seu abdômen malhado, suas pernas bem torneadas foram cuidadosamente esculpidos por ele.
Ele volta a sentar do outro lado da mesa, todo falante, impossível ela não ficar só a apreciar sua convicção, seu tom de voz, seus gestos, seu sorriso, sua boca.Definitivamente ele não é só um deleite aos olhos.
Ele pega em sua mão, ela o sente.
Ele a quer. Como um bom caçador, a envolve; ele tem o poder de despertar sentidos, sentimentos, pensamentos.
Ela o percebe: educado, cavalheiro, carinhoso e também selvagem.
Ele a atrai, a beija, ela sente seu calor e um gosto de pecado irresistível.
Ele diz o que pensa, ela se assusta, mas o admira.
Ela está tentada a mergulhar em seu universo, imagina quantos infinitos segredos devem ter esse espírito tão livre, esse coração que se move a paixão e então se deixa levar.
Ele a toma nos braços, um convite para conhecer alguns de seus mundos; ela teme, mas deseja esse conhecimento tanto quanto deseja conhecer sua perfeita geografia, então ela se rende àquela provável transformadora paixão.

4 comentários:

Yussef disse...

Está inspirada, heim, amiga??
Espero que teu espírito esteja espelhando essa alegria e efervescência que o teu texto deixa transparecer.

Bjos

PS.: estive ausente, mas estou de volta

Rafael Sperling disse...

Uau, belo texto!
Se puder passa no meu blog
Bjs

Clara disse...

O texto está de facto muito bom.
E a tua personagem fez o que a maioria das mulheres faria: cair nos braços do desconhecido e de um homem que lhes transmite paixão e mistério...
Bjks

Anônimo disse...

Sim, provavelmente por isso e

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